Aqui está o seu mingau!
A velha em prantos e punhos
Um prato de pura água
Envelheceu! Endoidou!
Vibrava seu amado velho
Vestindo violeta casaco
Tratou o amor como teu
Inocente ovelha
Acertada no ilíaco
Cosida roupa
tingida de carmesim
como pueril rosa, jamais assim
Seu miolo virou-me mingau!
Matrucou o marido
Anjos! Sirvam-na de papoula
Coloquem paz nessa alma
Que partiram a mandíbula
Já dizia o velho
Não sei poesia
Mas sei as rimas do amor
Confabulo seu temor,
idoso homem, fraco
Incapaz de aguentar
Não suporto!
Arqueava as costas
Puxava a sua velha
Assim não me atormenta mais!
Repudiou aos set
Nevou no morro
branco alegre
Teleférico corria
rangia a correia
Estalo estampidos
nevou no morro
O morro feliz
Neve estranha
morna macia
Neve de pedra
Pedra de gelo
Feliz Ano Novo!
Rojões aos céus
Balas aos céus
Papai Noel,
como é bom
ter você aqui
Papai Noel,
aceite um pouco
dessa neve de nariz
Quando a pata do gato
mexeu no camarão,
ele ouviu que o cão
derrubou o fogão
Quando a pata do gato
mexeu no carangueijo,
percebeu que o camelo
borrou o azulejo
Quando a pata do gato
mexeu na truta,
viu que o recruta
mordeu a fruta
Quando a pata do gato
mexeu na aranha,
logo entendeu
ardilosa façanha
Quando o chifre do gato
aponta afia espeta
a pata da gata grasna,
grasna como corneta
Ciência, arte
do inexplicável
Arte, ciência
do inexplicável
Talvez sejam sortudos
todos os heróis
Tolos sortudos
ou apenas tolos
Religião, ciência
ao intocável
Ciência, zelo
ao intocável
Por tal as palavras,
soltas leves firmes,
são pessoas
opostos atraídos
Arte, respeito
pelo sublime
Religião, arte
das escrituras
Gotas choram,
temem pelo certo
aclamam o incerto
Uma fumaça espiralando
Nascente reverberando
Pontes dançantes
Ritmo de um samba mor
Sincopado...
Aqui está o seu mingau!
A velha em prantos e punhos
Um prato de pura água
Envelheceu! Endoidou!
Vibrava seu amado velho
Vestindo violeta casaco
Tratou o amor como teu
Inocente ovelha
Acertada no ilíaco
Cosida roupa
tingida de carmesim
como pueril rosa, jamais assim
Seu miolo virou-me mingau!
Matrucou o marido
Anjos! Sirvam-na de papoula
Coloquem paz nessa alma
Que partiram a mandíbula
Já dizia o velho
Não sei poesia
Mas sei as rimas do amor
Confabulo seu temor,
idoso homem, fraco
Incapaz de aguentar
Não suporto!
Arqueava as costas
Puxava a sua velha
Assim não me atormenta mais!
Repudiou aos set
Nevou no morro
branco alegre
Teleférico corria
rangia a correia
Estalo estampidos
nevou no morro
O morro feliz
Neve estranha
morna macia
Neve de pedra
Pedra de gelo
Feliz Ano Novo!
Rojões aos céus
Balas aos céus
Papai Noel,
como é bom
ter você aqui
Papai Noel,
aceite um pouco
dessa neve de nariz
Quando a pata do gato
mexeu no camarão,
ele ouviu que o cão
derrubou o fogão
Quando a pata do gato
mexeu no carangueijo,
percebeu que o camelo
borrou o azulejo
Quando a pata do gato
mexeu na truta,
viu que o recruta
mordeu a fruta
Quando a pata do gato
mexeu na aranha,
logo entendeu
ardilosa façanha
Quando o chifre do gato
aponta afia espeta
a pata da gata grasna,
grasna como corneta